Willow - Floral dos ressentidos



Você acredita que a vida não foi justa com você? Você se relaciona com as adversidades através de queixas e ressentimentos? Você sente que não é merecedor das coisas desagradáveis que lhe aconteceram ou que lhe acontecem? Você é visto pelas pessoas como uma pessoa amarga?

Saiba que as plantas podem ajudá-lo. Saiba que são presentes da natureza a serviço da cura e do equilíbrio. Saiba que elas, se apresentam, se vestem, de forma a revelar qualidades e propriedades. E revelam também o desequilíbrio que se instalou em nós e o equilíbrio que almejamos.

Então conheça Willow, a Salix Vittelina, árvore alta, de folhas verdes brilhantes, de cujas flores é feito o floral de mesmo nome, descoberto por Edward Bach em 1935, em Sotwell, Inglaterra.

Comecemos por suas raízes que são profundas, fixadas em terrenos muito úmidos, à margem de rios e arroios de leitos arenosos preparados para não se deixar levar pela correnteza. Esta forma de se colocar remete a relações profundas com o inconsciente e com as emoções ambos representados pela água. Ao mesmo tempo há uma força revelada que não se deixa abater pelas águas por mais agitadas que sejam. Os troncos são grossos e indicam proteção, porém apresentam rasgos em sua superfície o que remete a uma personalidade influenciada pelo externo que acarreta profundas marcas.

As folhas largas e pontiagudas sinalizam relações difíceis com o mundo, porém são revestidas de matéria sedosa e branca o que demonstra sensibilidade. Além disso, o pontiagudo fala da energia necessária para seguir adiante.

As ramas também levam a pensar no lado positivo, pois são flexíveis e dobram sem romper-se, porém, o movimento dançante das folhas e das ramas quando sopra o vento remete à extrema sensibilidade a forças externas das pessoas que necessitam deste floral.
O amor pela vida, que é o equilíbrio em Willow é percebido no dourado-amarelo de suas ramas. As flores masculinas e femininas são de cor amarelo-esverdeado. As femininas são mais para o verde e tem como propriedade digerir, desinfetar, dissolver e descongestionar. Exatamente o que as pessoas Willow em desequilíbrio não conseguem fazer. Elas se alimentam do drama emocional, deixam de perceber que são responsáveis pelo que lhes sucede e culpam o mundo e a todos.

O sabor de Willow é amargo como são amargos os que se desequilibram em suas emoções e se tornam vítimas e remoem raivas em caldeirões enormes e se tornam secos emocionalmente. No entanto o amargo dispersa o fogo interno e seca o excesso de umidade.

O olor é bom. A lenha quando queimada exala cheiro doce e agradável. Talvez possamos fazer um paralelo entre a queima pelo fogo e a transformação: o fogo que evapora a água com sua carga de emoções acumuladas e mal resolvidas.

Ademais sobre Willow são contadas muitas estórias. Dizem que é conhecido também por Salgueiro e por Chorão e, está relacionado com a tristeza e com a morte. Talvez seja pela aparência da árvore cujas folhas caem e parecem chorar. Há uma lenda que diz que Jesus foi chicoteado com varas de salgueiro e que a árvore ficou tão triste que deixou pender seus ramos. Em outra estória é contado que Judas se enforcou em um salgueiro.

Mas sobre o Salgueiro há muita coisa boa a ser dita: o poeta taoísta Hi-K’ang trabalhava na forja debaixo de um salgueiro plantado em seu quintal. Lao-tse gostava de meditar debaixo dessa árvore. É que o gestual da planta também remete a uma afirmação da vida, assim como remete a seu afastamento. A função do tratamento com as flores através da observação de toda planta é fazer retornar ao que já era: paz, equilíbrio e tranquilidade.

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