Andar com Fé, nós vamos



Que flores são essas que gostam de lugares altos e formam campos azuis-violeta e escolhem lugares difíceis onde por vezes são pisoteadas? Que flores são essas que se multiplicam pelo solo, espalhando suas sementes sem medo e sem desânimo? Que surgem entre o verão e o outono desafiando o clima? Que flores são essas que têm cinco pétalas em formato de estrela, que de manhã estão fechadas e que depois se abrem como se fizessem uma oração aos céus?

São as flores de Gentian, cujo nome científico é Gentiana amarella encontrada por Edward Bach, em Kent, no final de setembro de 1931, utilizadas para servir de matéria prima para o décimo primeiro dos doze curadores. O Gentian é o floral da fé.

Para aqueles que se deixam desanimar facilmente. Sempre que as coisas não dão certo empacam, pois têm dúvidas de que podem prosseguir e vontade fraca para superar as adversidades. Obstáculos não precisam ser de grande porte, pequenas coisas os atingem. Pode ser indicado, também, para os que se sentem desanimados por apresentarem doenças crônicas e recorrentes. É excelente para crianças que não vão bem na escola e se sentem desencorajadas para o estudo. Gentian é para pessoas que têm perspectivas negativas. Para aqueles que temporariamente perdem coragem.

Os que fazem uso de Gentian passam a acreditar que não importa por quais transtornos possamos passar, é possível vencer através da perseverança e da força de vontade. Entendem que o fracasso não existe quando damos o melhor de nós e que é possível obter êxito se nos empenharmos verdadeiramente.

Há uma estória árabe muito interessante cujo nome é: A Fiandeira Fátima e a Tenda. Vou tentar contá-la de memória. A meu ver ajuda a entender o funcionamento de Gentian, no equilíbrio e no desequilíbrio.

Fátima era filha de um tecelão muito bem-sucedido. Um dia ele a convidou para fazer uma viagem e eles viajaram muito tempo pelas ilhas do mediterrâneo, ela esperando encontrar um marido. O navio naufraga, seu pai morre. De repente ela é uma mulher órfã. Ela é encontrada por uma família de tecelões que embora muito pobres a levam para casa e lhe ensinam seu ofício. Durante dois anos ela foi feliz. Um dia quando estava na praia foi raptada por um grupo de mercadores, que a levaram para vendê-la como escrava. Ela ficou desesperada. Foi vendida a um homem que era dono de uma serraria onde eram fabricados mastros para embarcações. Este homem posteriormente perdeu todo o seu dinheiro, pois foi roubado por piratas. Sua mulher e Fátima assumiram a tarefa de fabricar mastros. Fátima se saia muito bem em sua terceira profissão quando foi convocada pelo dono a ir a Java vender um carregamento de mastros. Ela assim fez. Na costa chinesa o navio naufragou e ela foi lançada na praia, desamparada em um país desconhecido.

Desta vez ela chorou amargamente, pois não entendia porque lhe ocorriam tantas desgraças. Acontece que o povo chinês tinha uma lenda que contava que ali chegaria uma mulher estrangeira capaz de confeccionar uma tenda especial para o imperador. Os moradores daquele lugar pediram a Fátima que fizesse uma tenda. Ela assim fez, baseando-se no que havia aprendido em suas profissões. A tenda ficou pronta e era muito bela. O imperador prometeu dar a Fátima o que ela quisesse. Ela escolheu ficar na China onde se casou com um príncipe e ali viveu feliz para sempre. Foi assim que Fátima percebeu que as experiências desagradáveis haviam servido para que ela alcançasse a felicidade.

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