Florais ligados no presente



A correria dos tempos modernos é motivo de queixas constantes. Nós não temos tempo! Passamos a maior parte de nosso dia, tão curto, fazendo tarefas repetitivas, cuidando de coisas que não são nossas, obedecendo a estímulos que não nos dizem nada. E dizemos que estamos ligados! Ligados em que é a pergunta que deve ser feita. Nunca estivemos tão desligados. O presente é um correr incessante, o passado é motivo de queixa, o futuro é motivo de apreensão. O aqui e o agora estão preenchidos pelas inúmeras tarefas. O relógio é a principal meta. É hora de disso, é hora daquilo. Podemos perder o emprego, o ônibus, o trem. Podemos perder a oportunidade de ganhar dinheiro, ou de manter o pouco que já temos. Temos de fazer, temos de correr, temos de ser alguma coisa para alguém que disse que deveríamos ser. Temos que cumprir metas. E não há tempo! A primeira vista pode parecer que estamos olhando para o presente, mas não estamos. Nunca estivemos tão longe de nós mesmos e o que é viver o presente senão olharmos para nós? Alguém sabe dizer o que o corpo tem a dizer? O que tem a dizer os ombros cansados? Não estarão falando de tarefas repetidas, de padrões a serem mudados?  Alguém prestou atenção nos sintomas que o acometem, nas doenças que aparecem?  A rouquidão contínua não será uma vontade louca de colocar o que se tem a dizer?  A tontura não estará apontando para uma falta de alimento, aquele da terra e aquele que vem do céu? A tristeza advinda sabe-se lá de onde não estará dizendo de dons não utilizados? Evidentemente que nos referimos aos nossos dons, os genuínos e não aqueles que nos disseram que tínhamos: os dons de nossa alma. A exaustão extrema não estará nos advertindo para o parar e ficar no presente a restaurar forças?  A apatia intensa não estará avisando que estivemos ligados  demais  em coisas não tão importantes? Os pensamentos repetitivos não estarão apontando para aquilo que vivenciamos todos os dias?  Não estaremos por demais preocupados com o que já foi e com o que será?

Todas estas formas parecem remeter a uma única coisa: nós não vivemos no presente, não estamos inteiros neste momento que se nos apresenta. Esta não preocupação com o momento presente, este desinteresse pelas circunstâncias atuais foi observado pelo Doutor Edward Bach a ponto de ele criar um grupo de florais específicos para aqueles que padecessem desses sintomas. Desde então muita água rolou, mudamos de século, mudamos de milênio. Nós, entretanto, não mudamos em nossa essência; somos os mesmos no que diz respeito aos nossos sentimentos. Apenas estamos mais confusos, mais abalados, mais misturados. Os florais continuam aí para nos ajudar e continuam os mesmos: instrumentos de cura universais. Basta que nos utilizemos deles.

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