Aos hipersensíveis a influências e ideias



Senhor, não haverá alguém no mundo que nos ame quando estivermos fracos e precisarmos de abraço?
Quando nos vier o choro e a expressão verdadeira de emoção?
Quando por nos respeitarmos dissermos não?
Quando por nos conhecermos caminharmos em estrada de individuação?
Quando nos entregarmos ao amor sem medo de retaliação?
Quando retirarmos do poço profundo a criança magoada ali, há tanto guardada, emaranhada em complicados laços?

Nós queremos apenas ser amados.  Ricos, pobres, prepotentes, humildes carecem de serem aceitos e em algum momento ouvem lá bem no fundo de si mesmos um lamento, um choro, um resmungo de uma criança que deixou de ser cuidada em busca de um resgate. A criança está lá e pode ter utilizado de muitos subterfúgios para manter-se viva. Pode ter pensado que para obter amor é preciso não mostrar sentimentos, é preciso estar mascarada de contente, enquanto por dentro grassa a mais densa tortura (Agrimony). Pode ter se sentido tão insignificante, tão sem valor que não tenha sabido dizer não na ilusão de que seria acolhida desta forma (Centaury). Pode ter recebido tanto desamor que reaja ao afeto com ódio e agressão (Holly). Pode ainda proteger-se misturando-se às influências dos outros, sempre temendo o novo por não delimitar território pessoal (Walnut).

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