Oscilações



Há pessoas que têm uma terrível dificuldade de definir o que querem. Aquelas que nunca sabem se devem ir ou não, se devem ficar ou não. Se compram um tipo de roupa ou outro, se viajam para este lugar ou para aquele. Se escolhem aquele ou aquele outro parceiro. Vivem suspensas entre duas possibilidades. Vivendo sempre na ambiguidade, elas padecem. Sim, porque causa muito sofrimento não saber por que coisa decidir. As oportunidades acabam se perdendo. Até que algo seja decidido, o bonde passa, o trem passa, o metrô passa, o avião passa, a vida passa. Elas não decidem e, por conseguinte, não agem. As pessoas ao redor delas se cansam. Nunca sabem o que esperar. No entanto elas não se preocupam em saber a opinião de outras pessoas e guardam para si seus problemas.

O estado de espírito em constante mutação é outra característica apresentada. Podem alternar entre a tristeza e a alegria, ora riem, ora choram. Podem estar sujeitas a alterações de pressão, ora alta, ora baixa, podem sofrer de enjoos e de tonturas frequentemente, podem sentir dores que migram pelo corpo e que não são detectadas pelos médicos. Sofrem muitas vezes de labirintite.

Pois é, elas vivem oscilando. Interessante é que a palavra oscilar deriva de oscillum que significava rostinho. É que costumavam dependurar nas vinhas, à guisa de espantalho, um fio em cuja extremidade colocavam o rosto de Baco, deus do vinho. Oscillum derivou para balançar, provavelmente pelo movimento realizado pelo fio dependurado. Não é por acaso que os bêbados oscilam.

Bem, os sintomas acima dizem respeito ao floral Scleranthus em desarmonia. A planta foi encontrada pelo Dr.Bach em 1930 e pertence ao Grupo da Incerteza e da Insegurança. Ele a encontrou justamente quando devia decidir entre ficar no campo e cumprir sua missão pessoal ou retornar para Londres. O seu uso vai trazer definição entre duas situações, tomada de decisão rápida, prontidão para agir. Vai nos afastar do deus Baco e de sua propensão a nos embriagar. Vai nos aproximar cada mais de nossa verdade interior, aquela que já conhecemos e da qual nos afastamos por artimanhas do “oscillum”.

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