Cumprir, mas não prometer



Deus do Céu! Ano Novo. Exige mudanças. Preciso emagrecer. Preciso mudar meu relacionamento com fulano. Com beltrano, também. Meu casamento está uma lástima. Precisa de mudanças.

Minha casa precisa de reformas. Preciso ser mais organizada. Preciso de maior empenho no trabalho. Há tantas coisas a fazer! Em janeiro de 2010 eu as prometi todas. Quantas foram cumpridas? Poucas. Talvez nenhuma.

Vou prometê-las novamente, na crença de que vou cumpri-las e chegarei ao final de 2011 tão frustrada quanto fiquei no final de 2010?

Provavelmente sim, pois prometi muito e não comecei nada. Prometi tanto que me perdi pelo caminho. Só prometi e nada mais. Prometi sem traçar caminhos. Prometi sem método, sem foco. O que é pior. Prometi e esqueci de tão ocupada que estava, de tão cansada de tão desestimulada.

Dizia minha filha quando era muito pequena: “Mãe, você cumpre e não promete.” Não pensem os incautos que era um elogio, na verdade ela tinha mania de trocar as frases. Porém, lembrando-me do que dizia minha linda filhota vem-me à cabeça que é isto que devemos fazer: cumprir. Deixar de tantas promessas e partir para os fazimentos. Então a primeira fase é a de começar.

Outro aspecto que me parece relevante. Não dá para começar por muitas coisas. Sabe? Daquele jeito que a gente faz: vai arrumar os armários e tira tudo de dentro. Joga no chão e depois não arruma nem uma coisa nem outra. Então vamos começar por algo que possamos acabar. Arrumamos o armário menor, arrumamos debaixo da pia, arrumamos o armário do banheiro, a sapateira. Sabe-me lá o quê. Algo que seja possível terminar.

Vamos emagrecer. Não adianta fazer grandes dietas. Não adianta passar de lautas refeições para uma folha de aipo e dois copos de água. Não vamos conseguir mesmo! Já sabemos que não. Então que tal cortar pequenas coisas, ir aos poucos, estabelecer metas que podemos cumprir?

Mais. É preciso estar ligada em nossas emoções. Se estivermos muito ansiosas, não vamos conseguir nada. Se estivermos muito cansadas, o mesmo. Deprimidas? Nem se fala. Cheias de pensamentos a rodar por nossas cabeças. Nem diga!

Mãos à obra, então. Como estou nesse 2011 recém-nascido? O que posso fazer para melhorar? Quero mesmo mudar ou estou acostumada às minhas vicissitudes?

Como Educadora em Florais de Bach tenho minhas sugestões. Afinal este é meu trabalho. As essências de fato ajudam a entrar em contato com as emoções. Consciência é a consequência do tratamento e não é preciso dizer que tal atributo é fundamental para que possamos fazer transformações em nossas vidas.

No entanto não se indica essências florais aleatoriamente. Não há um Floral para ansiedade, outro para falta de foco, outro para depressão, simplesmente. Há florais para indivíduos interessados em trilhar um caminho próprio. Vamos descascando a cebola, pouco a pouco, observando as camadas, as nuanças.

É por este motivo que os florais são únicos, para aquele ou aquela que nos procuram, com sua riqueza, com sua diversidade, dispostos a modificações. Dispostos a cumprir muito e a prometer pouco.

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