Vasalisa e a intuição



Era uma vez, sempre era uma vez, uma menina chamada Vasalisa que vivia muito bem com seus pais. Um dia sua mãe fica profundamente doente e antes de falecer presenteia a filha com uma boneca extremamente parecida com ela, inclusive nas vestimentas. Ela a adverte de que a boneca deverá estar sempre a seu lado e que a ajudará nas situações difíceis. Após algum tempo o pai da menina casa-se novamente. Ele traz com ele uma madrasta ruim com duas filhas ainda piores. Nem é preciso dizer que elas judiam demais da menina. Ela se torna escrava delas e como é boa e bonita desperta-lhes cada vez mais raiva e inveja.

Um dia faz muito frio. Aquele frio terrível que entra nos ossos. Fora tudo está coberto de neve e é quase impossível que um ser humano consiga enfrentar os rigores do inverno. A madrasta e as filhas combinam de mandar Vasalisa buscar lenha, para que possa padecer e sucumbir. Ela aceita a incumbência. Parece que tudo está perdido, mas ela leva a boneca em seu avental. Tudo que pergunta, a boneca responde, ela é seu guia na viagem empreendida rumo a casa da bruxa Baba Yaga, o único lugar onde o fogo pode ser encontrado. Muitos perigos são enfrentados no caminho, a menina enfim defronta-se com a bruxa; muitas tarefas lhe são impostas, mas a sabedoria advinda da boneca faz com que se saia muito bem. Finalmente ela retorna sã e salva, a madrasta e suas filhas são punidas e a heroína e o pai ficam felizes para sempre.

Este é um resumo desta estória contada na Rússia, na Romênia, na Iuguslávia, na Polônia e em todos os países baixos e fala de um dom passado de mulher para mulher: a intuição. Vasalisa, a protagonista recebe de sua mãe este dom através da boneca. Utilizamos esta estória porque vamos falar de um floral que diz respeito à intuição. Chama-se Cerato extraído de uma flor encontrada no jardim de um casarão, por Edward Bach. O azul intenso e a beleza desta flor o impressionaram tanto que ele pediu aos donos da casa para colhê-la.

Foi a oitava essência descoberta em setembro de 1930. Pertence ao grupo da incerteza e da insegurança. É para pessoas que duvidam de sua própria opinião.  Elas possuem um bloqueio em estabelecer ligação com a verdade maior. Precisam ouvir sempre o que os outros têm a dizer. Mesmo sabendo que o que eles querem é correto não acreditam nisso e estão sempre dependendo de conselhos.  Não buscam dentro de si, buscam fora. Podem ter aspecto frágil e olhos penetrantes. A cor da pele poderá ser meio acinzentada. Podem ter problemas de fragilidade óssea. Aliás, ossos remetem respeito a Saturno e não é por acaso que o nome científico da planta é Plumbago que quer dizer chumbo e que diz respeito a Saturno. Problemas de tártaros nos dentes podem indicar desequilíbrio no que diz respeito a este floral, problemas auditivos também – não é à toa que Cerato vem da palavra Keras, de mesma raiz de Queratina que quer dizer duro.

Em equilíbrio as pessoas Cerato são informadas, inteligentes, muito intuitivas e confiantes na capacidade de discernir o certo do errado. É como se carregassem consigo um presente oferecido pela criatura que mais as ama, um presente que lhes sussurra o que devem fazer e a quem escutam.

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