Florais de Bach e os Grupos

Ao trabalhar com florais de Bach tomo por referência sete grupos. Cada um deles fala de uma emoção e seus desdobramentos:

Medo – Estamos desconectados com a energia cósmica. Aqui há o medo de coisas conhecidas, o de coisas desconhecidas, o medo de que algo de ruim aconteça a nossos entes queridos, o medo de perder o controle, o de fazer mal aos outros, de chegar à loucura, o medo fortíssimo a que denominamos pânico.

Insegurança – Estamos desconectados com a verdade interior. Pode ser pela perda da fé, da esperança, pela oscilação em tomar decisões, pela não aceitação da voz interior que nos acompanha, pela preguiça de realizar coisas do dia a dia, pela incerteza de que rumo tomar na vida.

Falta de interesse pelo presente – Estamos desconectados com nossa criatividade. Pode ser por sermos sonhadores demais, voltados demais para o passado, apáticos, sem energia para a vida, perturbados por pensamentos repetitivos, extremamente tristes sem motivo aparente, por repetirmos erros antigos em conseguir mudar.

Solidão – Estamos desconectados com nosso coração. Pode ser por orgulho exagerado e dificuldade de comunicar o que sabemos, pode ser por impaciência com o ritmo alheio, pode ser por necessidade de sermos ouvidos o tempo todo.

Hipersensibilidade a influências alheias – Estamos desconectados com nossa identidade. Aqui há os que acham que devem mostrar sempre uma cara alegre para serem aceitos e que desenvolvem incapacidade de enfrentarem seus próprios problemas, há aqueles que para serem aceitos acham que têm de ser bonzinhos, não sabem dizer não e acabam por avançar o próprio limite; também é deste grupo os que se identificam com os valores dos outros; por último podemos citar os que por medo de serem rejeitados, reagem com agressividade.

Poderosos ou dos dominadores – Estamos desconectados com nossa flexibilidade. Aqui temos aqueles que são intolerantes com os erros dos outros, aqueles que querem cuidar dos outros porque acham que sabem o que ele precisa; aqueles que querem servir de modelo através de seu perfeccionismo, aqueles que são eufóricos demais em suas ideias, querendo impô-las a todo custo, aqueles que exigem obediência total.

Desalento ou desespero – Estamos desconectados com o prazer. Aqui há aqueles preocupados demais com detalhes sem importância e com sua própria aparência. Há os que não estão suportando o peso de suas responsabilidades, há os que duvidam da própria capacidade para realizar coisas e que não assumem riscos, há os que se sentem culpados pelos erros alheios, há os que sofreram choques ou traumas e ainda não conseguiram processá-los; há os que estão presos a uma angústia extrema; há os que colocam a responsabilidade nos outros pelos reveses que o acometem (as vítimas); e há os que trabalham a exaustão e acabam “por quebrar”.

Estes são os estados desarmônicos a que podemos chegar. Porém, não devemos nos esquecer de que a cada estado desarmônico corresponde um estado harmônico. As essências ajudam o desabrochar dos estados equilibrados. Ao facilitador ou terapeuta floral cabe não só indicar as essências mas ajudar no processo de autoconhecimento daqueles que o procuram. Trata-se aqui do “educare”, ou seja, trazer à tona o que de equilibrado já reside em nós. Em um primeiro momento emergirá, naturalmente, aquilo que nos incomoda. Se for o medo, trataremos o medo para que a qualidade positiva se apresente. E assim prosseguiremos. Há um outro fator a levar em consideração: pode ser que o medo esteja escondendo algo que não conseguimos ver ou que não queremos ver. Pode ser que a essência indicada para o medo traga à tona mágoas profundas. Trataremos então a mágoa e o medo se ele persistir. Desta forma nos aproximaremos cada vez mais da essência do indivíduo. Ao mesmo tempo ao terapeuta é devida a tarefa de educar-se, num movimento contínuo enriquecido pelas pessoas a quem atende.

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