Edward Bach e seu jeito de pensar


... Vemos, assim, que nossa vitória sobre a doença dependerá: primeiro da compreensão da nossa Divindade Interior e de nosso poder consequente de superar tudo o que está errado; em segundo lugar, do conhecimento de que a causa básica da doença é a desarmonia existente entre a personalidade e a Alma; em terceiro, de nossa vontade e capacidade de descobrir a falha que está causando o conflito e, em quarto lugar, da eliminação de tal falha pelo desenvolvimento da virtude oposta.”

A Terapia Floral- escritos selecionados de Edward Bach

OS DOZE CURADORES


Em uma festa o Doutor Edward Bach observou como as pessoas agiam de forma diferente quando submetidas a uma situação parecida. Quando o garçom lhes perguntava o que desejavam, havia aquela que sabia de cara o que desejava, aquela que ficava indecisa, aquela que perguntava para os outros, aquela que queria impor seu gosto, aquela tímida e receosa no falar. Ele já havia observado que doenças similares não se curavam com métodos similares uma vez que os indivíduos eram únicos e se comportavam como tais. Para chegar à conclusão de que a doença poderia ser curada se fossem levados em conta o estado mental das pessoas, foi um pulo. Ótimo, melhor seria se fossem encontrados remédios que não prejudicassem, remédios que trabalhassem essas emoções. Nada melhor que aquilo que a natureza oferecia de sobejo: as plantas.  E das plantas usufruir com o que pudesse ser retirado das flores, com sua leveza vibracional e capacidade de introduzir informação positiva onde o positivo houvesse e retirado. Observando, testando, experimentando, ele chegou à conclusão que todas as pessoas se encaixavam em 12 tipos. De 1928 a 1932, Bach se empenhou nessa busca. Os doze curadores como são chamados são, por ordem de descoberta: Impatiens, Mimulus, Clematis, Agrimony, Chicory, Vervain, Centaury, Cerato, Scleranthus, Water Violet, Gentian e Rock Rose. Essas são essências-tipo.Trabalham aspectos que trouxemos conosco para que aprendamos a lidar com eles. De forma individual.  Por exemplo a pessoa Centaury, que é um tipo propenso a não dizer não, a se deixar dominar está aqui para trabalhar sua debilidade, sua fraqueza. Agrimony tipo que não consegue olhar para dentro de si mesmo, encontrar paz dentro de si mesmo, vem para trabalhar a inquietude. Cada essência tipo nos oferece a possibilidade de aprender uma lição. As perguntas a fazer são muito simples: Quem sou eu? Como interajo com o mundo?

As respostas, nem tanto. Requerem olhar atento e disponibilidade para o autoconhecimento.

Podíamos começar pela classificação de Jordi Cañellas, que é biólogo e terapeuta em Florais. Ele divide os 12 curadores em personalidades que se fixam no futuro;  personalidades condicionadas pelo passado; personalidades com forte componente de insegurança e personalidades que se paralisam e isolam.  

As que se fixam no futuro são: Impatiens, Mimulus e Clematis;
As condicionadas ao passado são: Agrimony, Chicory e Vervain;
As que sofrem de insegurança são: Centaury, Cerato, Scleranthus;
As que se paralisam são: Water Violet, Gentian e Rock Rose.

Logicamente essa avaliação é apenas um começo, mas vale a pena começar. Onde se encaixa você?


A Linguagem das Plantas


Sempre entendi a natureza como algo com o qual devemos nos conectar. Quem já não se sentiu revigorado após uma boa caminhada por entre árvores? Quem já não se sentiu impactado pela beleza de uma flor ou pela majestade de uma árvore? Embora sejamos máquinas perfeitas e admiráveis que fazem pensar em uma Inteligência Superior responsável por nossa criação, creio que a Natureza foi criada não só para nosso deleite, mas também como elemento de cura e de plenitude. E é a natureza que não deixa dúvidas sobre um Criador atento que se preocupa conosco e com nossa evolução.

Se observarmos a natureza, detalhadamente, principalmente nos que diz respeito às plantas, perceberemos que a partir de suas estruturas podemos descobrir suas possibilidades curativas.  Essa visão é muito antiga e a isso se chamou “assinatura das plantas.”  Isto quer dizer que a planta apresenta certas características que nos permitem fazer analogias com estados físicos, mentais e emocionais e, a partir disso produzir essências e remédios que devolvam o equilíbrio ao indivíduo.

Edward Bach, médico inglês e sistematizador dos Florais de Bach dedicou sua vida a provar isso. Queria encontrar na natureza remédios que não causassem efeitos secundários e os descobriu através das flores. De 1928 a 1936, quando faleceu, precocemente, aos cinquenta anos, ele desenvolveu 38 essências que atuam no sistema emocional, provocando mudanças de consciência que nos ajudam a encontrar equilíbrio e conexão com a Unidade. Seu trabalho foi o de observar a natureza, o de experimentar as essências em si mesmo e em outras pessoas. Foi um trabalho intuitivo, sim- Nora Weeks, companheira de trabalho e precursora de Bach, contou que um dia antes do descobrimento de cada um dos remédios, Bach sentia em si mesmo o estado mental para o qual o remédio deveria ser designado. Quando encontrava a planta ele sabia que era aquela a escolhida, mas não se enganem, isto estava profundamente ligado à observação de como se apresentavam elas em sua estrutura.

Se pensarmos no Willow  cujo nome científico é Salix vitelina, planta da qual é produzida a Aspirina, vamos encontrar uma planta que é encontrada em terras úmidas, que possui uma afinidade grande com a água, de raízes profundas, ancoradas fortemente no solo, absolutamente avessa a ser transplantada, o que remete a uma ligação forte com o passado. A ligação com a água conta de forte ligação com as emoções. De fato, pessoas que precisam de Willow são ressentidas e se sentem sempre injustiçadas. Vale a pena observar a árvore cujas ramas parecem estar chorosas!  Bach observou, também, que Willow tem uma grande capacidade de regeneração. Assim, o equilibrado e o não equilibrado estão ali, sendo a flor o elemento que devolverá o equilíbrio ao indivíduo, uma vez que é a parte mais nobre da planta.