Bom Dia, Tristeza



Tenho fama de ser alegre. E, de fato, tenho tendências ao riso. Se a tristeza empata meu caminho consigo substituí-la rapidamente ou pelo menos minorá-la observando situações, digamos assim, passíveis de riso. Hoje, acordei triste. Sem motivo, sem razão aparente, estava eu posta em tristeza. Foi uma surpresa geral. Todos queriam saber o que acontecera comigo. E, se acontecera, queriam ensinar-me como voltar a ser a alegre criatura de ontem. Para que eu continuasse a ser a alegre Mariza de amanhã. E mais. Queriam dar nome ao meu sentimento. O nome seria: tristeza por alguma coisa. Poderia ser tristeza por ter brigado com alguém, tristeza por ter suportado as grosserias de alguém, tristeza por ter engordado dois quilos (esta diz respeito às mulheres), tristeza por isto ou por aquilo. Bach coloca as tristezas das quais conhecemos as causas no Grupo da Incerteza e da Insegurança. Aquelas das quais desconhecemos os motivos estão inseridas no Grupo da Falta de Interesse no Presente. Ocorreu-me que se dissermos o porquê de estarmos tristes, se estivermos incertos ou inseguros por algo de real que nos aconteceu somos melhores entendidos por nós mesmos e pelos outros. Quão difícil é ficar triste por nada. Sim, porque precisamos de nomes. Inferências por raciocínios mirabolantes nos levam a obscurecer o verdadeiro motivo. Permitem que nos afastemos da verdadeira causa responsável por nossa melancolia. Então, onde já se viu ficar triste sem mais nem menos! Se não temos consciência de algo e, aqui, leia-se consciência validada pelo grupo, estamos beirando a loucura.

Acontece que todos temos momentos em que nos damos conta de que estamos afastados de algo que deveríamos fazer. Sentimos que estamos fazendo menos do que deveríamos fazer. Sentimo-nos pequenos e ao mesmo tempo sabemos que somos grandes em nossa individualidade e que devemos traçar e trilhar um caminho que é nosso. Acostumados a depender de respostas curtas e que nos satisfaçam temporariamente, podemos entrar em depressão. Surpreendentemente estaremos sendo dirigidos para o lugar correto: lá onde de verdade poderemos saber quem de fato somos, lá onde de fato poderemos ser tristes.  Não estou fazendo a apologia das depressões mesmo porque elas podem ser muito graves. Apenas estou afirmando que elas não vêm de graça e que devem ser ouvidas, assim como todo desequilíbrio que nos acomete. Einstein dizia que Deus não joga dados. Eu acredito que no que diz respeito à Sua obra mais perfeita. Nada fez Ele por acaso. Temos olhos de ver, ouvidos de ouvir e ouvimos e vemos o óbvio. Temos outros sentidos mais apurados que nos levam a mergulhar em nós mesmos para chegar o mais próximo do intento Divino. O floral Mustard pode ajudar e muito nestes quadros, melhorando o estado geral, restituindo o ânimo e a vontade de viver. Porém, sua maior contribuição é a de trazer à consciência o que está prestes a dar luz. Trata-se de promover uma forma de ser mais estável capaz de entender a tristeza como agente de crescimento e, portanto, de transmutá-la em alegria e vontade de viver. Cabe aqui lembrar que Mustard significa Mostarda o que remete à parábola de Cristo sobre o grão de mostarda. Em Mateus 13,31 ele compara o reino dos céus a um grão de mostarda que um homem pega e semeia no campo. Este grão é a menor de todas as sementes, mas quando cresce, torna-se árvore em cujos ramos as aves vêm pousar.

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