Quando falamos
do floral Chicory, essência do Grupo dos Dominadores, em desequilíbrio, sempre
me vem à mente a piada sobre a mãe judia e a mãe italiana. A mãe judia quando o
filho a desgosta diz que vai se matar. A italiana diz que vai matar o filho.
Ambas não estão nem aí para a individualidade de seus rebentos. O que levam em
conta é se estão sendo contrariadas. Afinal, se sacrificaram tanto! Foram tão
boas. Trocaram fraldas. Foram tantas horas na cozinha a preparar guloseimas. E
o trabalho para introduzi-los nos rituais. Para pensar exaustivamente no que
seria melhor para eles. Então porque não podem eles, os ingratos,
devolver com juros e correção monetária os esforços envidados por tão zelosas
mães?
Não
sacrifiquemos, porém, só as mães judias e italianas. Mães dominadoras podem
estar em qualquer parte. Podem falar francês, inglês ou italiano. Podem ser
católicas, espíritas, protestantes. De certa forma a maioria das mães já
tiveram piques de controle. Quando os filhos já não aceitam seus conselhos,
quando contestam o que dizem e tentam convencê-los a qualquer custo. Quando
querem ir embora e são submetidos a pequeninas chantagens, mostrando-lhes como
é prazeroso o ninho e como é amedrontador o mundo lá fora, cheio de perigos.
Quando apresentam os primeiros namorados ou namoradas e elas pensam:
Esse(a) não serve para meu filhote. Ele merece mais.
O pior de tudo é
quando se fazem de vítima. Essa é a faceta pior de um Chicory em desequilíbrio.
Aí vale tudo: Ataque de coração, crise de pressão alta, choro, lamúrias. Se o
filho suportar impávido colosso, sem que o remorso o devore inexoravelmente, ele
está salvo. Se assim não for pode tornar-se um Centaury em desequilíbrio,
floral do Grupo dos Hipersensíveis a Influências Alheias e, carregar essas
terríveis e aparentemente vitimadas mamães, até que a morte os separe.
Bem essa é a
parte não harmônica. Não podemos nos esquecer, porém, que todo lado negro tem
seu lado de luz. Assim, as mamães Chicory, em equilíbrio, serão grandes
cuidadoras sem esperar recompensa, sem querer impor aos filhos sua opinião, sem
manipulações, prontas para deixarem partir aqueles que geraram e para respeitar
suas individualidades. Compreenderão que, como dizia o poeta Gibran Khalil
Gibran em seu poema “Os filhos” : Vossos filhos não são vossos filhos / São os
filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma / Vêm através de vós, mas não
de vós / E embora vivam conosco, não vos pertencem / Podeis outorgar-lhes vosso
amor, mas não vossos pensamentos / porque eles têm seus próprios pensamentos /
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas...
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