O Floral e o homossexualismo



Perguntaram-me se há floral para o homossexualismo. Eu respondi que não. O floral ajuda o indivíduo a equilibrar-se. Modifica seu estado mental; faz aflorar a harmonia onde existe desarmonia. Porém, o floral não é específico para homossexualidade. Não importa se a criatura é hétero ou homossexual. Importam as emoções trabalhadas por ela. Importa o que a incomoda no momento. Importa se ela está certa das escolhas que fez. Se houver uma incerteza a respeito de que caminho seguir e de que escolha sexual definir ela poderá beneficiar-se da essência Scleranthus que é do grupo da insegurança e extremamente eficaz quando oscilamos entre duas possibilidades. Se houver medo de enfrentar a sociedade e suas opiniões, poderemos indicar Mimulus que é para medos específicos. Se houver preocupação de saber o que pensam as pessoas e estar consultando-as a todo momento, Cerato será uma boa pedida. Se a pessoa falar demais sobre seus problemas e for daquelas que conta com detalhes suas peripécias sexuais poderá ser indicado o Heather. Se houver culpa e autocensura, poderemos indicar Pine. Essas são apenas algumas das essências a serem indicadas e tratam de desequilíbrios emocionais que podem acometer todos os indivíduos independentemente da escolha sexual que tenham feito.

Este assunto sobre homossexualidade é dos mais delicados e não me sinto adequada para falar sobre ele já que muito tem sido discutido nas mais variadas áreas e das mais competentes formas. Joyce Mc Dugall em seu estudo sobre a sexualidade observa que não há diferenças entre analisando homossexuais e heterossexuais. Os problemas e desequilíbrios que acometem uns, acometem também os outros. Casais homossexuais apresentam as mesmas queixas em seus relacionamentos. Quero citar algo que li em seu livro “As múltiplas faces de Eros”.

“Considerando a rosa como símbolo universal do amor, podemos também olhar aquilo que precede e prepara a flor – não apenas o caule e as folhas, mas as raízes, intrometidas no solo da mãe terra, rica de nutrientes e no entanto, fervilhando de minhocas e lesmas e abundante de possibilidades. Devemos olhar a roseira inteira.” – H. Wrye e J. Welles

Penso que devemos olhar para o ser que se apresenta a nós como um todo, como algo único e fadado a cumprir algo. Fadado a chegar a algum lugar: o dele, o que lhe cabe. Quando esse ser nos procura ou a qualquer forma de terapia ele se apresenta fervilhando de minhocas e lesmas que devem ser levadas em conta. Não importa se ele se relaciona com o mesmo sexo. Importa o quanto ele está inteiro nas suas escolhas. Ele se sente bem consigo mesmo? O que o incomoda? Onde não se sente equilibrado? Que emoção o toma mais frequentemente? Sua opção sexual é um fator desequilibrante para ele? Ele a aceita? Ele não a aceita? Tem dúvidas a respeito dela? Optou pela homossexualidade porque foi abusado? Por que viciou-se nesta prática? Ele tem medo do sexo oposto embora se sinta atraído por ele? Ele está apenas naquela fase por que todos nós passamos de trocar experiências, porque ainda estamos nos descobrindo como seres sexuados? Ele é um adolescente levado pela opinião dos outros e está naquela fase em que é lícito fazer qualquer coisa, viver qualquer experiência? Ele está na fase em que “toda forma de amor vale a pena” e o prazer pelo prazer é algo a ser procurado, porque afinal ele é jovem e deve aproveitar tudo mesmo que não saiba ao que isso leva?

Muito há que ser questionado e muitas essências a serem indicadas. É que o indivíduo que ali está não é um hétero ou um homossexual. É uma roseira inteira, um mundo particular, um sistema a ser conhecido, não por mim, mas através de mim. Precisa de minha orientação, mas mergulhar em suas próprias águas somente ele poderá fazer. Somente ele poderá aceitar-se como de fato é. E por falar em aceitar é bom que se fale aqui da aceitação daqueles que têm uma convivência próxima com aqueles que optaram pela homossexualidade ou que estejam em dúvida sobre ela.  Para que os acolham e propiciem a eles a possibilidade de conhecer-se. Para que os aconselhem, não a mudar de opção, mas a escolher de acordo com sua voz interior. E o que é a voz interior? É quando eu me pergunto e me sinto bem ao ouvir a resposta que vem de dentro de mim. Quando eu tomo a decisão correta, há harmonia em mim, há paz interior. E se a percepção interior de paz estiver difícil há ainda uma forma de perceber se estou no caminho correto. Quando eu estiver com o parceiro de minha escolha devo estar atenta para o fato de respeitá-lo como alguém semelhante a mim. Devo estar atenta para quando me deitar com ele perceber se eu levo apenas o meu corpo, ou se consigo uma conexão maior que transcende meus genitais e invade meu coração.

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