A Linguagem das Plantas


Sempre entendi a natureza como algo com o qual devemos nos conectar. Quem já não se sentiu revigorado após uma boa caminhada por entre árvores? Quem já não se sentiu impactado pela beleza de uma flor ou pela majestade de uma árvore? Embora sejamos máquinas perfeitas e admiráveis que fazem pensar em uma Inteligência Superior responsável por nossa criação, creio que a Natureza foi criada não só para nosso deleite, mas também como elemento de cura e de plenitude. E é a natureza que não deixa dúvidas sobre um Criador atento que se preocupa conosco e com nossa evolução.

Se observarmos a natureza, detalhadamente, principalmente nos que diz respeito às plantas, perceberemos que a partir de suas estruturas podemos descobrir suas possibilidades curativas.  Essa visão é muito antiga e a isso se chamou “assinatura das plantas.”  Isto quer dizer que a planta apresenta certas características que nos permitem fazer analogias com estados físicos, mentais e emocionais e, a partir disso produzir essências e remédios que devolvam o equilíbrio ao indivíduo.

Edward Bach, médico inglês e sistematizador dos Florais de Bach dedicou sua vida a provar isso. Queria encontrar na natureza remédios que não causassem efeitos secundários e os descobriu através das flores. De 1928 a 1936, quando faleceu, precocemente, aos cinquenta anos, ele desenvolveu 38 essências que atuam no sistema emocional, provocando mudanças de consciência que nos ajudam a encontrar equilíbrio e conexão com a Unidade. Seu trabalho foi o de observar a natureza, o de experimentar as essências em si mesmo e em outras pessoas. Foi um trabalho intuitivo, sim- Nora Weeks, companheira de trabalho e precursora de Bach, contou que um dia antes do descobrimento de cada um dos remédios, Bach sentia em si mesmo o estado mental para o qual o remédio deveria ser designado. Quando encontrava a planta ele sabia que era aquela a escolhida, mas não se enganem, isto estava profundamente ligado à observação de como se apresentavam elas em sua estrutura.

Se pensarmos no Willow  cujo nome científico é Salix vitelina, planta da qual é produzida a Aspirina, vamos encontrar uma planta que é encontrada em terras úmidas, que possui uma afinidade grande com a água, de raízes profundas, ancoradas fortemente no solo, absolutamente avessa a ser transplantada, o que remete a uma ligação forte com o passado. A ligação com a água conta de forte ligação com as emoções. De fato, pessoas que precisam de Willow são ressentidas e se sentem sempre injustiçadas. Vale a pena observar a árvore cujas ramas parecem estar chorosas!  Bach observou, também, que Willow tem uma grande capacidade de regeneração. Assim, o equilibrado e o não equilibrado estão ali, sendo a flor o elemento que devolverá o equilíbrio ao indivíduo, uma vez que é a parte mais nobre da planta.




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